sábado, 1 de janeiro de 2011

Sem data marcada

Era esse mesmo o desejo...um recanto, um porto, um lugar...um refúgio de dúvidas, talvez, de qualquer incerteza, porque a vida precisa ser plácida às vezes...pra gente conseguir respirar, pra dormir tranqüilo...vontade de dominar os afetos, dar a eles uma direção plausível...estabelecer um centro...um ponto, um a partir daí...rever valores, vontades, sonhos de infância...redescobrir a própria imagem no espelho e sentir que é similar...se apropriar de um pouco de decência, mais integridade...é essa a palavra...estar inteira, completa...apagar a sensação de desintegração...vontade de ser sincera profundamente e inocentemente e ainda assim ter a sensação de que ainda é cedo...e ter vontade de ficar um pouco mais...permitir que os olhos brilhem sem culpa, acreditar de peito aberto que tudo vai dar certo...desejo de organizar, reavivar, reencontrar...um recanto, um porto, um lugar...uma pessoa.